Conheça os diferentes tipos de Cimentos e suas aplicações

Cimento é o composto aglomerante do Concreto e que a Água é a responsável por ativar a sua reação, sendo um dos materiais mais comuns e fundamentais encontrados em uma construção.

CP I – Cimento portland comum

O CP-I, é o cimento mais básico, indicado em construções que não demandem de condições especiais, e não seja utilizado em ambientes desfavoráveis como exposição à águas subterrâneas, esgotos, água do mar. Possuindo uma menor resistência, tendo como única adição o gesso. O gesso atua como um retardador de pega, evitando a reação imediata da hidratação do cimento. A norma  brasileira que fixa as condições exigíveis no recebimento dos cimentos Portland comuns (CP I e CP I-S), de classes 25, 32 e 40, é a NBR 5732.

Cimento portland composto com escória (CP II-E)

Os cimentos CP II são denominados compostos, pois além da sua composição sendo básica clínquer+gesso, adiciona-se uma adição de outro material. Sendo ele uma composição intermediária entre o Cimento Portland comum e o Cimento Portland com adições, contendo adição de escória granulada de alto-forno, o que lhe confere a propriedade de baixo calor de hidratação sendo composto de 94% à 56% de clínquer+gesso e 6% à 34% de escória, podendo ou não ter adição de material carbonático no limite máximo de 10% em massa. O CP II-E, é recomendação e que o CP II-E seja utilizado em estruturas que exijam um desprendimento de calor moderadamente lento. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 11578.

Curiosidade: O cimento foi cientificamente desenvolvido pelo químico britânico Joseph Aspdin, de Leeds, que batizou o material com o nome de cimento portland, devido à semelhança de sua cor e de outras características com a de um tipo de pedra encontrada na Ilha de Portland.

Cimento portland composto com pozolana (CP II-Z)

O CP II-Z contém adição de material pozolânico que varia de 6% à 14%, o que confere ao cimento menor permeabilidade, sendo ideal para obras subterrâneas, principalmente com presença de água, inclusive marítimas. Permitindo uma boa secagem e trabalhabilidade adequada a todos os tipos de obra. tendo uma coloração mais escura, devido à presença de pozolana em sua composição. Também podendo conter adição de material carbonático (fíler) no limite máximo de 10%. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 11578.

Cimento portland composto com pozolana (CP II-F)

O Cimento Portland composto com fíler tem como característica uma secagem rápida e coloração mais clara, pela adição apenas de fíler calcário e gesso. É um cimento versátil, com trabalhabilidade adequada às mais diversas aplicações. composto de 90% à 94% de clínquer+gesso com adição de 6% a 10% de material carbonático (fíler), é utilizado em aplicações gerais como concreto simples, armado, protendido, elementos pré-moldados, pisos e pavimentos de concreto etc, não sendo indicado para aplicação em meios muito agressivos. A norma  brasileira que fixa as condições exigíveis no recebimento do Cimento portland composto com pozolana (CP II-F) e a NBR 11578.

Cimento portland de alto-forno (CP III)

Apresenta maior impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor de hidratação, contendo adição de escória no teor de 35% a 70%, recomendado em obras de grande porte e ambientes agressivos (barragens, fundações de máquinas, obras submersas, aeroportos, etc), sendo também utilizado em aplicações mais simples como: argamassas de assentamento e revestimento, estruturas de concreto simples.  A norma brasileira que trata do Cimento portland de alto-forno (CP III) é a NBR 5735.

Cimento portland Pozolânico (CP IV)

O Cimento Portland Pozolânico Resistente a Sulfatos tem baixo calor de hidratação, o que o torna bastante recomendável na concretagem de grandes volumes e sob temperaturas elevadas. É especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos, por sua ótima resistência a meios agressivos, como por exemplo ataque por sulfatos. contendo adição de pozolana no teor que varia de 15% a 50%.  A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5736.

Cimento portland de alta resistência inicial (CP V-ARI)

Assim como o cimento comum, o CP V-ARI não é fabricado com adições. A diferença é o processo de dosagem e fabricação do clínquer, elemento presente em todo tipo de cimento. O clínquer utilizado aqui possui quantidades diferenciadas de calcário e argila, além de uma moagem mais fina. O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alta reatividade em baixas idades em função do grau de moagem a que é submetido, proporcionando maior rendimento ao concreto. Devido a alta reatividade, necessita de cura bastante cuidadosa, principalmente nos primeiros dias, podendo atingir ate 26MPa de resistência à compressão em apenas 1 dia, a sua utilização e recomendável em obras onde a necessidade da desforma rápida. A norma fixa as condições exigíveis no recebimento dos cimentos Portland resistentes a sulfatos é a NBR 5733.